File:Igreja do Convento de São Francisco - em Arraiolos 02.jpg

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Description
Português: Convento de São Francisco e cemitério anexo - igreja em Arraiolos, Portugal
Cultural property
Convento de São Francisco e cemitério anexo, Arraiolos, Évora, Portugal
Q66813662, P1076:, SIPA ID: 1238, DGPC ID: 73658 , Wiki Loves Monuments ID: DGPC-73658
Date
Source Own work
Author Soaanita

Situado no Outeiro de São Romão, que depois ficou conhecido por Outeiro de São Francisco, este convento da Província da Terceira Ordem da Penitência de São Francisco, sobranceiro à vila, muito contribuiu para o desenvolvimento da malha urbana de Arraiolos, constituindo um dos poucos novos eixos de desenvolvimento definidos no século XVII (CARREIRA, 1995). A fundação do convento ocorreu em 1612, datando ainda desse mesmo ano as licenças necessárias, do Duque de Bragança, D. Teodósio II, senhor de Arraiolos, e o arcebispo de Évora, D. José de Melo. O acórdão camarário, onde a autarquia justifica a oposição à edificação do convento no Rossio, disponibilizando o referido Outeiro, é de 3 de Janeiro do ano seguinte. As obras tiveram início em data próxima a estas licenças, mas prolongaram-se durante muitos anos, sendo que os terrenos correspondentes à cerca apenas entraram na posse dos religiosos em 1637 (IDEM, p.110). A primeira fase, que privilegiou a igreja e os dormitórios, estaria concluída em 1633. Seguiram-se outras, cujo alcance é difícil de determinar, principalmente porque todas estas estruturas desapareceram já. Em 1697, com o provinçal Frei Manuel de S. José encontramos nova campanha de obras, a que se seguiram outras, em 1718 com Frei José da Conceição, e em 1721 com Frei Manuel de S. João Baptista. Sabe-se que, a partir desta data, os recursos diminuíram bastante e não se voltaram a realizar mais obras, ficando a estrutura construída muito aquém do projecto original, possivelmente, apenas pela metade (IDEM, p.111). Mais tarde, e já depois do Terramoto de 1755, houve nova tentativa de ampliar o convento, ou terminar o primeiro projecto. Todavia, tal não foi além dos fundamentos do refeitório, edificados em 1780 por iniciativa de Frei José Mayne (IDEM). Antes disto, houve ainda a ampliação do templo, com a construção da capela dos terceiros seculares e respectiva casa do despacho, autorizada em 1730. Já no século XIX, Arraiolos acolheu os religiosos do convento de Vimieiro (em decadência e com reduzido número de religiosos), e de Setúbal, estes últimos fugindo ao duque da Terceira, em 1833. Com a Extinção das Ordens Religiosas em 1834, a igreja ficou desocupada, tendo sido entregue à Ordem Terceira secular. O convento e a cerca acabaram por ser vendidos a um particular, em 1840, e três anos mais tarde adquiridos pela Câmara, que utilizou o claustro para cemitério municipal. Já as dependências conventuais sofreram pior sorte: ocupadas pelas tropas do general Schwalback, entre 1846 e 1847, as instalações sofreram uma degradação profunda e acelerada, que obrigou à sua demolição pela autarquia, em 1865 (ESPANCA, 1975). A igreja que hoje conhecemos remonta à primeira campanha identificada, estando concluída, ao que tudo indica, em 1633. De grandes dimensões, desenvolve-se em planta longitudinal, com nave rectangular, cruzeiro coberto por cúpula de secção octogonal, e capela-mor quadrada. No exterior, a fachada principal é definida por pilastras nos cunhais, encimadas por fachos piriformes. Ao centro, abre-se o portal, de verga recta, em mármore de Estremoz, a que se sobrepõe a janela do coro, de linhas igualmente rectas, e, já no espaço que corresponde à empena, um óculo. Do lado do Evangelho, ergue-se a sineira. Todo o edifício é caracterizado por uma arquitectura simples e despojada, própria da tradição franciscana. No interior, ganha especial importância o retábulo-mor, de talha dourada e polícroma, executado no final do século XVII, mas com acrescentos rococós do final da centúria seguinte (IDEM). Na tribuna, destaca-se a imagem de São Francisco, em barro, contemporânea do retábulo. Os panos murários exibem frescos com cenas do Velho Testamento. Na nave, algumas das capelas desapareceram, e algum equipamento foi retirado e transferido para outros locais (IDEM). As campas no pavimento do cruzeiro pertenceram, originalmente, à igreja de Santa Maria, encontrando-se aqui desde 1775, por ordem do Bispo. (RC)

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