As Rodas, mais ou menos elaboradas, na sua generalidade eram basicamente constituídas por um cilindro oco, em madeira, com apenas uma abertura suficientemente larga para permitir a colocação da criança. Este cilindro estava montado num sistema rotativo, colocado em local estratégico da Instituição de acolhimento e de maneira que, quando a sua abertura estivesse orientada para uma janela exterior de acesso público, a parte de oposta estava orientada para uma janela interior, sendo apenas visíveis as suas «costas», situação que se invertia quando era accionado o mecanismo de rotação, per­mitindo que a criança fosse recolhida no interior, sem que fosse possível ver quem aí a depositara. Para quem não sabe, A Casa da Roda dos Expostos, em Almeida, foi incluída numa rede ibero-americana de património cultural, que tem por objectivo a divulgação e a ajuda técnica e económica à conservação. O projecto é levado a cabo por um conjunto de entidades públicas e privadas dos dois lados do Atlântico, sob a orientação do Ministério da Educação e Cultura de Espanha. A Casa da Roda, onde no século XIX eram colocados os «expostos», mantém praticamente todos os objectos com que funcionava. Calcula-se que por ali tenha passado um quinto das crianças da Vila de Almeida. <a href="https://almeidanocoracao.blogs.sapo.pt/13897.html" rel="nofollow">almeidanocoracao.blogs.sapo.pt/13897.html</a>