File:On the origin of species by means of natural selection - 1859 - Image 225744.jpg

Original file(900 × 719 pixels, file size: 307 KB, MIME type: image/jpeg)

Captions

Captions

Add a one-line explanation of what this file represents

Summary edit

Description
Português:

Charles Darwin,  On  the origin of species by means of natural selection

OR the preservation of favoured races in the struggle for life, Londres, John Murray, Albemarle Street, 1859.

(1809-1882)

'C'harles Darwin nasceu a 12 de fevereiro de 1809, em Shrewsbury, no condado de Shropshire, a cerca de 35 km de Birmingham, sendo o quinto filho de Robert Darwin e Susannah Wedgwood. Ambos os progenitores descendiam de famílias com tradições académicas e comerciantes. Robert Darwin era um médico abastado, o seu avô paterno, Erasmus Darwin, foi filósofo e abolicionista, e o avô materno, Josiah Wedgwood, industrial e também abolicionista. A partir dos oito anos de idade, Darwin frequentou a Escola de Shrewsbury como aluno interno. Em 1825, com 16 anos, ingressou na Escola Médica da Univ. de Edimburgo, embora não se tenha aplicado muito nas matérias centrais, preferindo a história natural e o museu da Universidade. Isso motivou o seu pai a enviá-lo para a Univ. de Cambridge – Christ’s College –, de modo a prosseguir uma carreira de religioso anglicano. Darwin chegou a Cambridge em janeiro de 1828, aos 18 anos. Aqui dedicou também grande parte do tempo à história natural, assim como à caça. Obteve, contudo, boas notas nos exames finais. Incitado pelo seu primo mais velho William Darwin Fox (1813-1881), começou a colecionar sistematicamente escaravelhos. Foi em Cambridge que Darwin conheceu o então já distinguido, embora jovem, professor reverendo John Stevens Henslow (1796-1861), padre, botânico e geólogo. No seu segundo ano universitário, Darwin começou por ser um visitante regular dos serões científicos em casa de Henslow, tornando-se seu seguidor e depois amigo. De 1829 a 1831, assistiu à cadeira de Botânica por ele lecionada – Botanical Lectures – e ajudou na preparação das aulas práticas e na recolha e herborização de plantas britânicas, sendo por isso considerado favorito de Henslow. Henslow prestava atenção à variação intraespecífica das plantas, ao contrário do costume praticado na época, identificando cada espécime com data, local e nome do recoletor. Esta prática influenciou os seus alunos, entre os quais, Darwin. Em janeiro de 1831, o futuro naturalista e biólogo completou o seu bachelor of Arts como 10.º de 178 candidatos. Para obter o título, faltava-lhe atingir o número de trimestres residentes obrigatórios, tempo em que, sem a pressão das aulas, teve a oportunidade de se aproximar ainda mais de Henslow, jantando com ele regularmente e acompanhando-o em saídas de campo. Foi nesta fase que, inspirado pelo relato de viagem de Humboldt, começou a planear com Henslow uma excursão a Tenerife, nas ilhas Canárias, com a finalidade de contactar com um ambiente de características tropicais. Embora tenha chegado a frequentar aulas de espanhol, a excursão acabou por nunca se realizar.
Em meados de agosto de 1831, no regresso de uma excursão geológica ao Norte do País de Gales, com o famoso professor e geólogo Adam Sedgwick, Darwin recebeu uma carta de Henslow oferecendo-lhe o lugar de naturalista a bordo do brigue HMS Beagle, numa viagem de levantamento hidrográfico à volta do mundo. De facto, Darwin não foi a primeira escolha para essa posição. O convite inicial tinha sido formulado pelo comandante da expedição, Cap. Robert Fitzroy (1805-1865), ao seu superior hierárquico na Marinha, Francis Beaufort (1774-1857), que o enviou a Cambridge, ao professor de Matemática e Astronomia George Peacock (1791-1858), a fim de que este sugerisse uma pessoa com experiência nas ciências naturais. Peacock pensou primeiro no próprio Henslow, o qual não pôde aceitar, indicando em seguida o entomólogo pastor Leonard Jenyns (1800-1893). Após este ter também declinado o convite, sugeriu então o nome de Darwin. Depois de convencer o seu pai, este aceitou ser o naturalista oficial da expedição, partilhando a cabina com o comandante. A única condição que impôs para aceitar a nomeação foi a de que pudesse desistir da expedição a qualquer momento, além de pretender custear a sua cota-parte da alimentação. Manteve assim a sua independência da hierarquia naval, não recebendo salário e custeando também o material de trabalho e envio de espécimes para o Reino Unido.
Várias cartas de Darwin documentam a intenção de fazer a primeira paragem programada do Beagle, com duração de uma semana, no Funchal. No seu relato da viagem, Fitzroy enumera as ordens de itinerário, que indicavam explicitamente que o navio deveria aportar “sucessivamente na Madeira ou Tenerife; Cabo Verde; Fernão de Noronha; Estação na América do Sul” (FITZROY, 1839, I, 22). A razão para que isso não tenha acontecido é também esclarecida por este autor. Os ventos mudaram subitamente para sudeste, acompanhados de vagas grandes, dificultando a passagem do Beagle a sul do Porto Santo, bem como a sua entrada na travessa entre a Madeira e as Desertas. Tinham avistado o Porto Santo no dia 4 de janeiro de 1832, e passaram a poucas léguas da Madeira (1 légua inglesa corresponde a cerca de 3 milhas náuticas). O comandante optou por tomar rumo em direção a Tenerife. Na manhã seguinte, avistou as Selvagens, e chegou àquela ilha nesse mesmo dia. Numa carta datada de 6 de setembro de 1831, dirigida à sua irmã Susan Elizabeth (1803- 1866), Darwin reitera a ideia de que tem permissão para abandonar a expedição quando bem entender. Apesar disso, pede à irmã que se desengane de pensar que irá regressar já a partir da Madeira, declarando que, desde que lhe subsista um pedaço de estômago, não irá desistir. Com efeito, Darwin passou muito tempo enjoado a bordo do Beagle, não sendo claro se chegou a ver alguma ilha do arquipélago da Madeira. Parece certo, no entanto, que, mesmo em Tenerife, a expedição não pôde desembarcar, devido a uma quarentena de 12 dias imposta aos navios oriundos do Reino Unido, onde grassava uma epidemia de cólera. Não chegaram a ancorar, portanto, e zarparam imediatamente em direção a Cabo Verde, tendo pisado terra firme, pela primeira vez, em Santiago (Cabo Verde), no Porto da Praia, a 16 de janeiro. As restantes etapas da viagem estão descritas em diversas obras, sendo originais os relatos de Darwin e de Fitzroy. A circum-navegação levou o navio a Fernando de Noronha, à Baía, a Abrolhos, ao Rio de Janeiro, a Buenos Aires e a Montevideu, às ilhas Malvinas, ao cabo Horn e ao estreito de Magalhães, à costa pacífica da América do Sul, às Galápagos e a outras ilhas no Pacífico, à Nova Zelândia e à Austrália, às ilhas Cocos e às Maurícias e, regressando pelo cabo da Boa Esperança, às ilhas de Santa Helena e Ascensão. Por fim, de novo Brasil, Cabo Verde e Açores. Chegados aqui, permaneceram em Angra do Heroísmo, na ilha Terceira, de 19 a 25 de setembro, e pararam em São Miguel para fazerem recolha de correspondência, seguindo rumo a Inglaterra.
A 2 de outubro de 1836, o Beagle ancorou em Falmouth, após uma ausência de quatro anos e nove meses, chegando pouco depois a Plymouth e Londres. Darwin desembarcou em Falmouth, regressando a Cambridge e logo a Londres, para trabalhar em colaboração com outros naturalistas na publicação do vasto acervo que recolheu durante a viagem. A 29 de janeiro de 1839, casou com a sua prima Emma Wedgwood e, em 1842, passou a residir no meio rural do Sudeste de Londres, em Down House. Nunca mais se deslocou ao estrangeiro. Ao todo, Darwin escreveu 16 livros, sem contar com reedições. A primeira obra em que se empenhou depois da viagem do Beagle foi a The Zoology of the Voyage of H.M.S. Beagle [Zoologia da Viagem do Beagle], publicada em vários volumes entre 1838 e 1843. Em paralelo, trabalhou no relato da viagem, dado à estampa em 1839, sendo revisto posteriormente e publicado com o título Journal of Researches into the Natural History and Geology of the Countries Visited during the Voyage of 'H.M.S Beagle [Diário das Investigações] (1845). Nesta obra, de índole mais genérica e popular, a Madeira praticamente não é mencionada. Este é o livro mais lido de Darwin, o qual contribuiu para estabelecer a reputação internacional das ilhas Galápagos como “arquipélago de Darwin”. O autor concentrou-se entretanto na geologia, concebendo obras, ainda hoje significativas, sobre a formação dos recifes de corais, The Structure and Distribution of Coral Reefs (1842), ou as ilhas vulcânicas, em Geological Observations on the Volcanic Islands (1844). Nesta última, a Madeira não é igualmente mencionada, pese embora o facto de Darwin ter lido e colhido inspiração nos trabalhos de Charles Lyell (1840 e 1854), que esteve na Madeira e escreveu sobre as suas formações geológicas. Darwin escreveu outros textos emblemáticos, não relacionados diretamente com a Teoria da Evolução. Refira-se os trabalhos sobre cirrípedes, de 1851 e 1854; sobre botânica, como o estudo de 1862 em que aborda a fertilização de orquídeas; e uma biografia do seu avô Erasmus, publicada em conjunto com E. L. Krause em 1879. No entanto, foram as obras em torno da questão da evolução aquelas que mais se celebrizaram. O livro acerca da variação de animais e plantas sob domesticação, The Variation of Animals and Plants under Domestication (1868) constituía já um prenúncio da sua Teoria da Seleção Natural.
Segundo as palavras de Darwin, a viagem do Beagle foi o mais importante evento da sua vida, determinante para toda a sua carreira. Da observação das ilhas Galápagos advieram as primeiras ideias para a teoria que viria a divulgar. O vice-governador das ilhas Nicholas Lawson tinha-o informado de que as espécies de tartarugas diferiam de ilha para ilha, e de que seria capaz de identificar a ilha da qual cada uma era originária. Graças a esta informação, Darwin prestou mais atenção à recolha de espécimes, surpreendentemente, não aos famosos tentilhões-de-Darwin, mas sim aos mockingbirds, os sabiás das Galápagos. A ideia de que as espécies não são estáveis tinha-se afirmado. Cada ilha do arquipélago alberga um conjunto diferente de espécies. A obra mais importante de Darwin, On the Origin of Species by means of Natural Selection, or the Preservation of Favoured Races in the Struggle for Life, foi dada à estampa em 1859, um ano depois da publicação, pela Linnean Society of London, quer a título singular quer em coautoria com Alfred Russel Wallace, de um esboço da sua teoria. Darwin tinha passado cerca de 20 anos a recolher sistematicamente informação para a fundamentar. É esta recolha sistemática que coloca a Madeira numa posição de vanguarda como fonte de suporte para a teoria. Em dois ensaios inéditos, escritos muito antes da publicação de Origem das Espécies (1842 e 1844), e editados pelo seu filho Francis Darwin, em 1909, o autor esboçava a sua teoria da seleção natural pela primeira vez. Aí, menciona a Madeira por duas vezes: uma, para fundamentar a tese de que espécies usualmente migradoras como a galinhola deixam de o ser quando vivem em ilhas oceânicas; a outra, para afirmar a dificuldade que os mamíferos têm em colonizar ilhas distantes, muito embora essas ilhas proporcionem ambientes favoráveis ao seu desenvolvimento. Este é, pois, um facto que a introdução dos coelhos na Madeira permite demonstrar. A 1.ª edição da Origem menciona as Galápagos 17 vezes, enquanto a Madeira surge referida por 20 vezes, os Açores 4 e as Canárias também 4 vezes. A 6.ª edição, de 1876, que representa o texto final da obra, menciona as Galápagos 22 vezes, a Madeira 32, os Açores 8, e as Canárias 6 vezes. Este cálculo demonstra bem o relevo que a natureza da Madeira assume na elaboração daquela que é considerada a mais importante teoria da biologia. Como é sabido, as repercussões da teoria de Darwin são notáveis, sendo especialmente decisiva para formar a visão contemporânea acerca da natureza do ser humano.
Por que motivo a Madeira se destaca como fonte de exemplos insulares? A resposta reside em Cambridge e no núcleo de estudantes e académicos em torno do professor reverendo John Stevens Henslow. Henslow, um brilhante aluno, foi educado no Colégio de Saint John, em Cambridge, e graduou-se em 1818. Em 1822, com apenas 26 anos de idade, foi nomeado professor de Mineralogia e, em 1822, de Botânica. Em 1827, resignou da primeira, tendo mantido a segunda. Um dos seus alunos foi Richard Thomas Lowe (1802- 1874), que se matriculara naquela Universidade em 1821, graduando-se em 1825. Lowe visitou a Madeira pela primeira vez em 1826, por pouco tempo, regressando nos anos de 1828-1830. Tomou residência permanente na Madeira, com interrupções, entre 1831-1852, sendo capelão anglicano no Funchal entre 1832-1852. Posteriormente, regressou por várias vezes. Lowe foi provavelmente o naturalista que mais contribuiu para o conhecimento da flora e da fauna da Madeira, tanto marinha como terrestre, tendo publicado na Inglaterra inúmeros tratados e estudos sobre este tema. Enquanto estudante em Cambridge, ao que parece, não chegou a conhecer Darwin pessoalmente. O segundo aluno de Henslow foi Thomas Vernon Wollaston. Matriculado em 1841, graduou-se em 1845, obtendo ainda o master of Arts em 1845. Foi amigo pessoal de Darwin e de Lowe. Também ele trabalhou na Madeira, tendo conhecido a Ilha através de Lowe. Foi um dos grandes entomólogos e malacologistas do seu tempo, autor de alguns dos estudos mais detalhados sobre a fauna dos coleópteros e dos caracóis terrestres realizados no séc. XIX. Com efeito, na altura, as obras destes dois destacados naturalistas representavam o que de melhor se fazia sobre fauna e flora de ilhas, e Wollaston, viajando entre Cambridge e o Funchal, levava notícias atualizadas a Inglaterra. Por esta via, Darwin tinha, pois, conhecimento pormenorizado acerca dos estudos sobre fauna e flora da Madeira, e não é de estranhar que tenha usado esse conhecimento para fundamentar a sua Origem das Espécies. Um levantamento das partes da sua correspondência em que os intervenientes endereçam temas relacionados com a Madeira mostra que o pico das referências se situa entre os anos de 1855-1862.
Os exemplos da Madeira referidos por Darwin foram diversos. Em primeiro lugar, realçou a semelhança entre a fauna de insetos da Madeira e a da Europa continental. Em segundo lugar, debruçou-se sobre espécies que podem sobreviver por muito tempo, usando como exemplo os caracóis subfossilizados das dunas da Piedade e do Porto Santo. Citou também Oswald Heer e abordou a similitude da laurissilva da Madeira com a vegetação da Europa terciária. O exemplo que serve de base à noção de seleção natural, a parte central da sua Teoria da Evolução, procede igualmente do mundo dos insetos. Cita, neste caso, Wollaston, para mostrar que, em ilhas, as espécies aladas são em número inferior ao das faunas continentais: quanto menor a área da ilha, menor é a sua probabilidade de sobrevivência, por serem desviadas para o mar pelo vento, onde acabam por morrer. Darwin sustenta também que o isolamento aumenta a probabilidade de as espécies diferirem. Dá como exemplo disso o caso dos escaravelhos e caracóis terrestres da Madeira, que diferem bastantes dos continentais, não se passando o mesmo com os caracóis marinhos e as aves do arquipélago. A razão desta diferença prende-se com circunstâncias relativas ao meio ambiente marinho, devendo-se, no caso das aves, à capacidade de voar grandes distâncias, facto que contribui para uma redução do isolamento relativo. Para sublinhar esta ocorrência, Darwin recorda o enxame de gafanhotos que assolou a Madeira em 1844 e menciona o número de aves terrestres ocasionais avistadas na Madeira, encontrando justificação nos ventos que os transportam. Realça também o facto de as ilhas oceânicas albergarem menor número de espécies do que as áreas continentais, tendo no entanto uma maior taxa de endemismos. É neste ponto que faz a única comparação direta entre a Madeira e as ilhas Galápagos, equiparando a proporção de espécies endémicas de caracóis terrestres na Madeira à das aves terrestres naquele arquipélago. Contudo, existem neste âmbito diferenças taxonómicas. Por exemplo, anfíbios não são encontrados normalmente em ilhas oceânicas, apesar de, quando introduzidos, conseguirem sobreviver bem nelas, como se observa na Madeira. O último exemplo referido por Darwin permite reforçar a noção de isolamento relativo das espécies de caracóis terrestres do Porto Santo relativamente ao que se passa na Ilha. Muito embora grandes quantidades de pedras de cal sejam transportadas do Porto Santo até à Madeira, e apesar de os caracóis viverem debaixo de pedras e nas suas fissuras, as faunas de caracóis existentes em ambas as ilhas são distintas. A lógica da argumentação na Origem da Espécies, que Darwin chamou de “um longo argumento”, em especial no tocante à importância dos exemplos insulares, está bem delineada e analisada por Gould em 'The Structure of the Evolutionary Theory (2002). Das obras subsequentes de Darwin, a mais destacada foi The Descent of Man, and Selection in Relation to Sex (1871), em que, de forma explícita, estendeu a sua teoria ao ser humano. Darwin faleceu na sua casa em Down House, condado de Kent, a 26 de abril de 1882, estando sepultado em Londres, na abadia de Westminster.
Embora revolucionária para a época, a teoria que elaborou foi relativamente bem aceite a nível mundial, nas duas décadas que sucederam à sua publicação. Em Portugal, “a teoria Darwiniana conheceu […] dificuldades de implantação” (PEREIRA, 2001, 66), superadas graças à comemoração do bicentenário do seu nascimento, em 2009. Quanto à Madeira, está por fazer um estudo historiográfico acerca do impacto de Darwin, que inclua toda a sociedade madeirense e não apenas os naturalistas estrangeiros ali radicados. No entanto, o papel da Madeira como fonte de exemplos para a Teoria da Evolução está bem estabelecido.
Obras de Charles Darwin: The Zoology of the Voyage of 'H.M.S. Beagle (1838-1843); Narrative of the Surveying Voyages of His Majesty’s Ships Adventure and Beagle between the Years 1826 and 1836, Describing Their Examination of the Southern Shores of South America, and the Beagle’s Circumnavigation of the Globe (1839); The Structure and Distribution of Coral Reefs, Being the First Part of the Geology of the Voyage of the Beagle, under the Command of Captain Fitzroy, R. N., during the Years 1832 to 1836 (1842); Geological Observations on the Volcanic Islands: Visited during the Voyage of H.M.S. Beagle, together with Some Brief Notices on the Geology of Australia and the Cape of Good Hope: Being the Second Part of the Geology of the Beagle, under the Command of Captain Fitzroy, R. N, During the years 1832 to 1836 (1844); Journal of Researches into the Natural History and Geology of the Countries Visited during the Voyage of H.M.S Beagle (1845); Living Cirripedia. A Monograph on the Sub-Class Cirripedia, with Figures of all the Species, 2 vols. (1851 e 1854); “Extract from an unpublished work on species, consisting of a portion of a chapter entitled, ‘On the variation of organic beings in a state of nature; on the natural means of selection; on the comparison of domestic races and true species’” (1858); On the Origin of Species by means of Natural Selection, or the Preservation of Favoured Races in the Struggle for Life (1859); The Variation of Animals and Plants under Domestication (1868); On the Various Contrivances by which British and Foreign Orchids are Fertilised by Insects, and on the Good Effects of Intercrossing (1862); The Descent of Man, and Selection in Relation to Sex (1871); Erasmus Darwin (1879) (coautoria); The Foundations of the Origin of Species, Two Essays Written in 1842 and 1844 (1909); The Autobiography of Charles Darwin, 1809- 1882 (1958).
Bibliog.: impressa: BARLOW, Nora (ed.), The Autobiography of Charles Darwin, 1809-1882. With Original Omissions Restored, London, Collins, 1958; Id. (ed., introd., notas e apêndice), “Darwin’s ornithological notes”, Bulletin of the British Museum (Natural History), vol. 2, n.º 7, 1963, pp. 201-278; Id. (ed.), Darwin and Henslow: the Growth of an Idea. Letters 1831-1860, London, John Murray, 1967; BURKHARDT, Frederick et al. (eds.), The Correspondence of Charles Darwin, 21 vols., Cambridge, Cambridge University Press, 1985-2014; CARRILLO, A. Machado, T. Vernon Wollaston (1822-1878). Un Entomólogo en la Macaronesia, Lanzarote, Fundación César Manrique/Taro de Tahíche, 2006; DELLINGER, T., “A origem das espécies e a Madeira”, Diário de Notícias, Revista Mais, Funchal, 3 maio 2009, pp. 18-19; Id., “O legado de Darwin e a Madeira”, workshop Encontros de Biodiversidade na Madeira. O Legado de Darwin, 28-30 maio 2009, Universidade da Madeira, 2009, texto não publicado; DESMOND, Adrian, e MOORE, James, Darwin, London, Penguin, 1992; FITZROY, Robert, Narrative of Surveying Voyages of His Majesty’s Ships Adventure and Beagle between the Years 1826 and 1836, 3 vols., London, Henry Colburn, 1839; FREEMAN, R. B., The Works of Charles Darwin. An Annotated Bibliographical Handlist, 2.ª ed. rev. e aum., Folkestone/Hamden, W. Dawson & Archon Books, 1977; GOULD, Stephen Jay, The Structure of Evolutionary Theory, Cambridge (Massachusetts), Belknap Press of Harvard University Press, 2002; HEER, Oswald, “Über die fossilen Pflanzen von St. Jorge in Madeira”, Neue Denkschriften der Allgemeinen Schweizerischen Gesellschaft für die Gesammten Naturwissenschaften, vol. 15, 1857; HENSLOW, John Stevens, A Catalogue of British Plants Arranged according to the Natural System. With the Synonyms of De Candolle, Smith, and Lindley, 1.ª ed., Cambridge, Deighton and Stevenson, 1829; HODGE, Jonathan, e RADICK, Gregory (eds.), The Cambridge Companion to Darwin, 2.ª ed., Cambridge, Cambridge University Press, 2009; HUMBOLDT, Alexander von, Reise in die Aequinoctial-Gegenden des Neuen Continents, vol. 1, s.l., s.n., 1865; LYELL, Charles, Dar'win, vol. III, London, John Murray, 1840; Id., “On the geology of some parts of Madeira”, Quartely Journal of the Geological Society, vol. 10, 1854, pp. 325-328; NASH, Roy, Scandal in Madeira. The Story of Richard Thomas Lowe, Lewes (Sussex), The Book Guild, 1990; PEREIRA, Ana Leonor, Darwin em Portugal (1865-1914). Filosofia, História, Engenharia Social, Coimbra, Almedina, 2001; SULLOWAY, Frank J., “Darwin and his finches. The evolution of a legend”, Journal of the History of Biology, vol. 15, 1982, pp. 1-53; WALLACE, Alfred Russel, “On the tendency of varieties to depart indefinitely from the original type”, Journal of the Proceedings of the Linnean Society of London, vol. 3, n.º 1, 1858, pp. 53- 62; WALTERS, S. M., e STOW, E. A., Darwin’s Mentor: John Stevens Henslow, 1796-1861, Cambridge, Cambridge University Press, 2001; WOLLASTON, T. Vernon, Insecta Madeirensia 'Being an account of the Insects of the Islands of the Madeiran Group, London, John van Voorst, 1854; Id., Testacea Atlantica', or the Land and Freshwater Shells of the Azores, Madeira, Selvages, Canaries, Cape Verdes and Saint Helena, London, L. Reeve, 1878; digital: KOHN, D. et al., “What Henslow taught Darwin”, Nature, vol. 436, 2005, pp. 643-645: https://www.nature.com/articles/436643a?draft=journal (acedido a 4 set. 2019); WYHE, John van (ed.), The Complete Work of Charles Darwin Online', 2002: http://darwin-online.org.uk (acedido a 5 set. 2019); Id., “‘My appointment received the sanction of the Admiralty’. Why Charles Darwin really was the naturalist on H.M.S. Beagle”, Studies in History and Philosophy of Biological and Biomedical Sciences, vol. 44, n.º 3, set. 2013: https://reader.elsevier.com/reader/sd/pii/S1369848613000368?token=66E56CE00F2A2 D90B49175BC81D8BE62007366B1B61104EDE6A055A1CE3F2227F1AD98D7414F64C CF848FD09837FDF02 (acedido a 5 set. 2019). Thomas Dellinger (DEM 3)

Date
Source Arquipelagos (consultar ficha)
Author Charles Darwin

Licensing edit

Public domain

This work is in the public domain in its country of origin and other countries and areas where the copyright term is the author's life plus 100 years or fewer.


This work is in the public domain in the United States because it was published (or registered with the U.S. Copyright Office) before January 1, 1929.

File history

Click on a date/time to view the file as it appeared at that time.

Date/TimeThumbnailDimensionsUserComment
current20:02, 24 September 2023Thumbnail for version as of 20:02, 24 September 2023900 × 719 (307 KB)DarwIn (talk | contribs)Uploaded with Catrapilha 1.1

There are no pages that use this file.

Metadata