File:Pesos do relógio de Paulo de França, 1775, Funchal - Image 151224.jpg

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Pesos do relógio de Paulo de França.

Lisboa, 1775.
Museu Municipal do Funchal.
Fotografia de Virgílio Gomes, 3 de setembro de 2018.

Rua da Moradia ou Rua da Mouraria e Calçada de Santa Clara, Funchal, ilha da Madeira.

Este relógio, outrora na torre da Sé, foi mandado executar pela administração do governador João António de Sá Pereira, o Pombal madeirense (1719-1804). Conforme se encontra gravado no mostrador de latão amarelo: Este relógio foi mandado fazer por administração do Illmo. e Exmo. Senhor Governador e General, João António de Sá Pereira. Ano 1775. Paulo de França fecit. Lisboa. Nº 29. Parece assim querer dizer-se, que este relojoeiro de Lisboa, teria já feito 28 relógios. Este relógio da Sé terá sido montado pouco depois, funcionando então cerca de 248 anos.
Em 1922, o Dr. Michael Comport Grabham (1866-1938), médico inglês aqui radicado, resolveu oferecer um novo relógio à Sé, feito em Inglaterra, na casa Gillete & Johnston, de Croydon. Conforme contam o Diário de Notícias dessa época, o velho relógio português foi apeado e o inglês, benzido a 22 de fevereiro e colocado a 30 de junho desse ano de 1922. Deu-se então relevo a que o velho teria tido alguns problemas nos últimos anos e este, até porque vindo de Londres, o que para a Ilha era sempre um atrativo importante, iria melhorar substancialmente a vida pública citadina. A velha máquina do século XVIII repousa no Museu Municipal, podendo hoje ser considerada um monumento à relojoaria portuguesa.
João António de Sá Pereira (Condeixa, 1719; Lisboa, 1804), 1.º Barão de Alverca. Filho do mestre de campo (coronel) do terço (regimento) auxiliar da comarca de Coimbra Manuel de Sá Pereira, assentou praça no regimento de Dragões de Penamacor, sendo promovido a capitão do regimento de cavalaria de Almeida em 1757, a sua primeira patente, sendo já coronel do regimento de Chaves quando deflagrou a Guerra do Pacto de Família em 1762, tendo feito a campanha da Beira, sob a ordens do tenente general inglês Townshend. Foi nomeado governador da ilha da Madeira em 1766, por três anos, tendo tomando posse do lugar em 9 de Dezembro de 1767, o seu lugar no comando do regimento de Chaves, entretanto, foi ocupado pelo então tenente coronel do regimento de Artilharia do Porto, Luís Pinto de Sousa, futuro ministro dos negócios estrangeiros e da guerra de D. João VI, quando este ainda era regente. João António de Sá Pereira saiu da Madeira em 10 de Junho de 1777, com a queda do ministro de D. José, o que originou a realização de grandes festejos públicos na ilha, a que teve de assistir por não ter o navio em que seguia com a família obtido vento para sair do porto. Instituiu na Ilha uma Aula Militar, que se estabeleceu no antigo Colégio dos Jesuítas, e foi dirigida por Francisco de Alincourt, oficial encarregue também da direção das obras de fortificação da Ilha e das obras do porto do Funchal.
Figura perto do marquês de Pombal, ao qual tratava por “Tio“, terá sofrido dessa aproximação nos primeiros anos do reinado de D. Maria I. Casou com Luísa de Morais Sarmento Pimentel, donatária da alcaidaria-mor de Alverca da Beira, em Trancoso, que D. José tinha erigido em vila em abril de 1769, pelos serviços do seu pai, Baltasar de Morais Sarmento Pimentel, e do seu avô. Reintegrado no exército em 1785, chegou a brigadeiro em 1789, na promoção que lhe fez o secretário de estado Luís Pinto de Sousa, seu substituto militar e foi promovido a marechal de campo em 1801, e nomeado para um posto de comando no exército do Norte, comandado pelo general francês marquês de la Rosière, sendo 2.º comandante da Divisão de Trás-os-Montes, região que conhecia bem. Tinha sido feito barão de Alverca (da Beira, Trancoso) por decreto de 4 e carta de 21 de abril de 1795.

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Source Arquipelagos (consultar ficha)
Author Virgílio Gomes

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