File:Cinema São Geraldo.JPG

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English: Former Cinema São Geraldo in Braga, Portugal.
Português: Com a entrega à Câmara Municipal, em 1907, do extinto Convento dos Remédios, procedeu-se à reconfiguração urbana do quarteirão. Uma parte do Convento deu origem a novos espaços públicos – topo da Avenida Liberdade, rua Gonçalo Sampaio, alargamento do Largo Carlos Amarante –, ao mesmo tempo que o miolo do Convento foi dividido em sete lotes. Porém, ainda hoje o limite norte do Convento é percetível nas fotos aéreas e, no subsolo, conservam-se alicerces do edifício religioso.

Dois anos depois, o padre Manuel Ribeiro Braga adquire em hasta pública um dos lotes. Desconhece-se se a intenção era já a de construir um teatro. Em agosto de 1916, a Câmara aprova o projeto de Bernardo José de Lima. Em Setembro do ano seguinte, Ribeiro Braga vende o lote à sociedade «Salão Recreativo Bracarense» representada por ele (tesoureiro), António Junqueira (presidente) e Manuel Pereira Vasconcelos (secretário). A sociedade manter-se-á proprietária do edifício até 2007.

Em 1924 a nova casa de espetáculos estava em funcionamento. A sala principal dispunha de plateia, frisas, galerias e, no 1.º piso, camarotes e balcão. O palco possuía fosso de orquestra e a sua altura permitia que os cenários e pano subissem a direito. Realizam-se conferências, recitais, exposições, sessões cinematográficas, banquetes, bailes, festas, etc. Nesta altura as fitas eram mudas e por isso acompanhadas musicalmente por quartetos residentes. Foi palco também de operetas, revistas e variedades levadas à cena por amadores, designadamente a Sociedade Dramática Bracarense (direção de José Mesquita de Araújo) e, após 1937, os Amadores Bracarenses Reunidos (direção de José Salreta).

Foi sofrendo obras de adaptação e em 1949 foi apresentado um grande projeto de modernização de Raul Subtil. Apesar de manter a referência Salão Recreativo, é com a designação comercial de S. Geraldo que reabre em 1 de junho de 1950, com o filme "Mulherzinhas", já com o icónico anúncio em neón no topo da fachada. O nome terá sido escolhido por referência ao demolido Teatro S. Geraldo (1861-1920, existente em frente à Arcada, e com o qual é frequentemente confundido).

A sala renovada manteve o palco antigo, alargando a boca de cena de 8 para 12 metros (igual à do Theatro Circo) e passou a dispor de um único balcão. No resto do edifício, as divisões interiores foram alteradas e a decoração e equipamentos modernizados. A lotação da sala aumenta e a exploração passa a ser feita pela Victoria Cine, Lda. O acentuar da vocação cinematográfica não impediu a utilização para outro tipo de atividades, incluindo teatro, revistas, sessões infantis, concertos, récitas, encontros, festivais e, já depois do 25 de Abril, comícios políticos. Nos anos 70 a entrada e as bilheteiras são alteradas [projeto do arq. João Pereira Braga (Longuinhos)] e em 1983-85 o edifício perde o lado sul, com a construção do Pé Alado [projeto do arq. Luiz Cunha]. Em Dezembro de 1990 é exibido o último filme pela Victoria Cine. Em 1994-95 a sala volta a funcionar, substituindo durante alguns meses os cinemas Avenida destruídos num incêndio.

Em 1982, a construção do Shopping Santa Cruz provocou a derrocada da parte sul do cineteatro S. Geraldo. Aproveitando a existência da rua particular que dava acesso ao palco (tinha sido adicionada ao teatro por imposições de segurança na reabilitação de 1948-50), a Arquidiocese encomendou um projeto ao conhecido arquiteto Luiz Cunha. O edifício, conhecido como Pé Alado, é o que hoje lá está entre o S. Geraldo e o Santa Cruz e destinava-se a um Centro Comercial.

Nunca chegou a ser Centro Comercial. Em Outubro de 1985 o arquiteto da Arquidiocese explicava em requerimento à Secretaria de Estado da Cultura que:

«Este estudo, desenvolvido ao longo do ano de 1982, não tinha em conta, como é óbvio, a evolução posteriormente verificada na frequência dos Centros Comerciais que então se encontravam numa fase ainda de relativo equilíbrio. Efetivamente acentuou-se entretanto uma crise comercial em quase todas as instalações deste tipo na Cidade de Braga, o que levou a entidade promotora da obra a rever o estilo de funcionamento da instalação em causa, encarando a utilização do novo espaço dentro de um esquema mais tradicional.»

Um ano depois, em 1986, o edifício acolheria alguns cursos da Universidade do Minho.
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