Long Description: [PT] "Passadas algumas horas o tempo mudou radicalmente, vendo-se as traineiras envolvidas num imenso temporal. As ondas fortíssimas, chegaram a subir aos 10 metros, enquanto o vento rodava para Noroeste e o ar arrefecia drasticamente. Algumas traineiras resolvem regressar para Leixões, mas a grande maioria, decide continuar. Ao anoitecer a noite ficou negra e sem lua enquanto as nuvens carregadas tapavam completamente o céu e os ventos se transformavam em ciclónicos. Nessa altura, já todos andavam a tentar fugir ao temporal, esforçando ao máximo os motores e as máquinas das traineiras, procurando desesperadamente um porto de abrigo, enquanto que o mar levava marinheiros borda fora e enchia os porões das traineiras de água. Noite adentro, em terra, corriam murmúrios de que algo corria mal e as pessoas corriam desesperadas em direcção ao areal da praia nova, em Matosinhos. Na cabeça do molhe sul do porto de Leixões, as mulheres e os filhos dos marinheiros, apinhavam-se ao vislumbrar as luzes de navegação das traineiras que se aproximavam desesperadamente do porto. Assim que as primeiras traineiras aportaram, relataram as más noticias, tinham sido avistadas, entre a Aguda e o Senhor da Pedra, quatro traineiras a navegar em situação aflitiva muito perto da costa, e que apesar de alguns mestres terem tentado avisa-los e orienta-los para o bom caminho, com as sirenes, sinais e até gritos, nada conseguiram fazer pois a violência do temporal era tanta que os impediu-os de conseguiram os seus objectivos. Finalmente chegou a noticia da trágica realidade e ficou-se a saber que nessa negra e sinistra madrugada de 2 de dezembro de 1947, naufragaram entre a Aguda e Leixões as traineiras “D. Manuel”, “Rosa Faustino”, “Maria Miguel” e “S. Salvador”, tendo perecido um total de 152 marinheiros entre os que se encontravam nas traineiras naufragadas e os que caíram ao mar, deixando 71 viúvas e mais de 100 órfãos. Das quatro traineiras naufragadas, salvaram-se apenas seis marinheiros, transformando este naufrágio na maior tragédia marítima ocorrida na costa portuguesa."

Em 2005, foi inaugurado na praia de Matosinhos o monumento "Tragédia do Mar", uma escultura homenagem ao naufrágio de 1947 com cerca de três metros de altura, composto por cinco figuras de órfãos e viúvas cujas faces transparecem a tragédia ocorrida em 1947. Foi esculpido por José João Brito que se baseou, para o efectuar, na tela do mesmo nome criada pelo Mestre Augusto Gomes"

From wikipedia

No local é possivel ler-se: Escultura de homenagem aos pescadores de Matosinhos e ás suas famílias vítimas do naufrágio da noite de 1 para 2 de Dezembro de 1947, feita a partir de uma pintura de Mestre Mestre Augusto Gomes que retrata de forma superior a "tragédia". José João Brito Esculto

[EN] "After a few hours at sea, the weather changed dramatically, leaving the boats involved in a huge storm. Very strong waves, rose as much as to 10 meters, while the wind ran to the northwest and the air cooled dramatically. Some of the boats return to Leixoes, but the vast majority, decides to continue. At dusk the night was dark and moonless while the clouds completely cover the sky and the win turned into cyclonic winds. By now, everyone is trying to escape the storm, pushing up the engines and machinery of ships, desperately seeking a safe haven, while the sea carrying sailors overboard and filled the holds of ships water. Night, on land, ran murmurs that something went wrong and desperate people ran towards the new sandy beach in Matosinhos. At the head of the south pier of the port of Leixoes, women and children of sailors crowded to the glimpse of the navigation lights of fishing boats approaching the harbor desperately. Once the first trawlers landed, reported the bad news had been spotted between the Aguda and the Sr. da Pedra, four boats sailed in affliction very close to shore, and that although some masters have tried to warn them and guide them to the right track, with sirens, screams and even signs, nothing could do because the violence of the storm was such that prevented them from managed their objectives. Finally came the news of the tragic reality and got to know that this dark and sinister night of December 2, 1947, wrecked between Aguda and Leixoes four boats, the "D. Manuel "," Faustino Rosa "," Maria Miguel "and" S. Salvador ", perished a total of 152 sailors who were among the shipwrecks and those who fell overboard, leaving 71 widows and more than 100 orphans. Of the four shipwrecks, saved only six sailors, making this the largest shipwreck maritime tragedy occurred off the Portuguese coast

In 2005 was inaugurated at Matosinhos beach of the monument "Tragedy of the Sea", a sculpture tribute to the 1947 sinking of about three feet high, composed of five figures of orphans and widows whose faces are apparent tragedy in 1947. It was sculpted by Joseph John Brito who was based in the painting of the same name created by the Master Augusto Gomes."

Translated from wikipédia

On site it is possible to read: Sculpture tribute to the fishermen of Matosinhos and their families, the victims of the wreck of December 2, 1947, made ??from a painting by Master Master Augusto Gomes, who portrays in a superior way the "tragedy." João José Brito