As células de difusão de Franz, nesta foto: células verticais de difusão de Franz de fluxo estático em vidro, são dos sistemas mais largamente usados em estudos de avaliação “in vitro” de cedência e permeação,os quais têm como objetivo determinar o perfil cinético da substância em análise, neste caso cafeína, o qual reflete as variações da concentração ao longo do tempo assim como a difusão através de uma membrana sintética e da pele, respetivamente. Estas células são constituídas por dois compartimentos, o compartimento superior ou dador e o compartimento inferior ou recetor, os quais estão separados por uma membrana. A formulação a estudar deverá ser aplicada no compartimento dador em cima da membrana e a fase recetora colocada no compartimento recetor (volume de aproximadamente 157,0 mL, com uma área de difusão de 2,5 cm2) onde contacta diretamente com a superfície inferior da membrana. Este tipo de estudos realizam-se quando se pretende avaliar a entrada em circulação das substâncias, em concreto durante o processo de desenvolvimento de formulações tópicas e para avaliação da toxicidade após exposição por via cutânea (Bock U et al, 2004). Na fase recetora a seleção da fase a utilizar no ensaio de cedência deve basear-se na solubilidade da substância ativa. Assim, uma vez que a cafeína é solúvel em água, optou- se por utilizar a água como fase receptora. A membrana é de Nitrato de celulose. Deve-se cortar a membrana e ativar com miristato de isopropilo antes de ser colocada no sistema, durante 30 minutos. Esta substância é apolar tal como a camada lipidica da pele. Na fase dadora, para o estudo “in vitro” da cedência da substância ativa por cada uma das formulações, utilizou-se cerca de 2 gr de amostra. A temperatura do ensaio, fase recetora, deve ser cerca de 32±1ºC, durante todo o ensaio, por ser esta a temperatura da pele humana. Onde e quando foi obtida a foto: Aula Laboratorial de Tecnologia Farmacêutica II na Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa