File:Igreja Matriz de Pedrógão Grande - Portugal (21853660243).jpg

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Pela análise das fontes poderemos concluir que a construção primitiva datará de meados do século XII ou inícios do século XIII, pois já existia em 1295.

    A Matriz de Pedrógão Grande sofreu ao longo destes cerca de oito séculos, diversas obras de restauro e conservação. A fisionomia primitiva foi-lhe sendo retirada, com especial incidência na remodelação a que foi sujeita no século XV11 passando desde então a apresentar uma imagem marcadamente renascentista. Jorge de Brás reconstrói de 1537 a 1539 a capela-mor, sacristias e o corpo da igreja, tendo o pagamento destas obras sido suportadas pelo Cabido da Sé de Coimbra e pelo povo de Pedrógão Grande.
    Em 1553 é mandada construir a torre. A obra é entregue ao empreiteiro Baltazar de Magalhães, desaparecendo com esta construção as prováveis características românicas da fachada primitiva.
    No ano seguinte, é acordado com o escultor João de Ruão a construção de um retábulo para a dita capela-mor pela quantia de oitenta mil reais “feito por ele e por isso lhe dão mais do que pediam outros“. O contrato foi feito em 19 de Maio de 1554, tendo-se acordado dividir o pagamento em três prestações.

Em 24 de Agosto de 1589, o pintor Manuel Pais, morador em Coimbra, foi contratado para pintar o retábulo e um fresco na capela-mor.

    Este acordo encontra-se arquivado na Câmara Municipal fazendo parte do seu conteúdo o seguinte texto: “...se vieram a contratar com ele que havia de pintar e dourar o dito retábulo conforme ao debuxo que assim logo mostrou aos ditos oficiais e mais pessoas na dita Câmara, das imagens e figuras que havia de pintar nele e conteúdos, com boas tintas e a óleo, todos a ouro muito bem assentado e dobrado e bornido nas partes em que está debuxado em amarelo e assim mais as roupas dos santos serão douradas...”
    Já no século XVIII e por provisão de 16 de Maio de 1736 de D. João V, foi lançada a contribuição de 300 000 réis para a reparação da torre, tendo-se também mandado refundir os sinos, acrescentando-se a cada um nove arrobas de metal.
    Em 1941 foram efectuadas novas obras de restauro e demolida a capela anexa à torre sineira. Três anos mais tarde é feito novo orçamento para continuação das obras de restauro e consolidação importando em 339 500$00.

Finalmente, em 4 de Agosto de 1982 foi celebrado outro contrato para novas obras de restauro e conservação, as quais orçaram em 1 502 150$00.


ASPECTO GERAL EXTERIOR

    Da época primitiva são apenas visíveis os grossos contrafortes que sustentam as paredes correspondentes à nave lateral direita e duas pequenas janelas para entrada de luz. Da remodelação do século XVI uma porta de arco de volta inteira (a porta do sol) e duas janelas.
    Na nave lateral esquerda verifica-se a existência de apenas um contraforte, de concepção diferente dos anteriormente referidos, uma porta de arco de volta inteira, idêntica à existente na nave lateral direita, o balanço de uma capela funda, uma pequena janela para a entrada de luz e uma porta de comunicação com uma das sacristias.
    Uma escadaria de acesso à torre sineira também é facilmente visível nesta ala do templo.
    Na frontaria destaca-se a torre com vinte cinco metros de altura. Divide-se em três corpos: o primeiro corresponde às entradas para o templo, tendo três arcos de cantaria, um central e dois laterais que dão acesso à porta principal da igreja decorada com boleados e rosetas esculpidos no granito da região; o segundo corresponde ao coro, onde se destaca uma janela circular para iluminação; no terceiro abrem-se os arcos das sineiras. A cobertura é copulada e revestida de telha imbricada.


ASPECTO GERAL INTERIOR


     O interior, apesar das modificações introduzidas, apresenta-se bastante escuro propício à reflexão e oração. Transposta a porta principal impressiona a dimensão do monumento, com as suas três naves sustentadas por dez colunas encimadas por capitéis jónicos. Na nave central, mais alta que as laterais, vislumbram-se de ambos os lados quatro pequenas janelas, situadas na parede, por cima dos arcos.
    Na nave lateral esquerda é possível ainda verificar a existência de três pequenas janelas da primitiva construção, duas das quais se encontram tapadas, sendo apenas visíveis do interior.
    De referir ainda o púlpito, colocado na nave central, junto de uma coluna. E do tipo cálice, construído em pedra calcária datando de 1536.
    O pavimento era lajeado na caminheira central e nas laterais, sendo a restante superfície coberta por madeira assente directamente sobre o solo. Na década de oitenta, todo o pavimento foi substituído por tijoleira moderna, tendo-se verificado a existência de enorme profusão de ossadas, provenientes dos enterramentos efectuados durante séculos no interior da igreja. De igual modo, foi possível verificar a existência de enterramentos no exterior, quando da abertura de valas para a instalação do saneamento básico e rede telefónica automática.
    No pavimento do templo são ainda visíveis seis pedras sepulcrais do século XVII.
    A capela-mor, construída no século XVI, é coberta por uma abóbada, cujas nervuras assentam em quatro estribos situados nos cantos.
    O cadeiral disposto lateralmente nesta capela é proveniente do Convento de Nª Srª da Luz, situado nas imediações da Vila.
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Date
Source Igreja Matriz de Pedrógão Grande - Portugal
Author Vitor Oliveira from Torres Vedras, PORTUGAL
Camera location39° 54′ 59.28″ N, 8° 08′ 45.72″ W Kartographer map based on OpenStreetMap.View this and other nearby images on: OpenStreetMapinfo

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14 April 2019

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