File:Livestock crossing (1867) - João Cristino da Silva (1829-1877) (47751732222).jpg

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Description

Museu Nacional de Arte Contemporânea, MNAC, Museu do Chiado, Lisbon, Portugal

Material: Oil on canvas Collection: MNAC-MC Imv.: 144

ABOUT THE WORK

HISTORIAL

Doação de Madalena Adelaide Namura à Academia Real de Belas-Artes de Lisboa. Integrado no MNAC em 1912.

EXPOSIÇÕES

Paris, 1867; Lisboa, 1913, 144; Lisboa, 1947; Lisboa, 1950; Paris, 1987, 97 cor e p.b.; Lisboa, 1988, 97 cor e p.b.; Porto, 1999, 63, cor; Lisboa, 2000, 77, cor; Lisboa, 2002; Lisboa, 2005; Lisboa, 2010.

BIBLIOGRAFIA

Paris, 1926, 846; Porto, 1943, 54; MACEDO, 1952, 14; PAMPLONA, 1954, vol. I; Lisboa, Artis, 1961, 72, p.b.; Um século de pintura e escultura portuguesas, 1965, 9, p.b.; Lisboa, 1975, 28 a 291, 31; PEREIRA, 1986, 152, cor; Dicionário da Pintura Universal: Pintura Portuguesa, 1988, 135, cor; SILVEIRA, 1994, 6, cor; MICHEL, 1995, 331; As Belas-Artes do Romantismo em Portugal, 1999, 235, cor; Porto, 1999, 35; FRANCA, 2000, 45; PORFÍRIO, Lisboa, 2000; Lisboa, 2000, 145, cor; MACEDO, s.d., 371, p.b.

Uma ravina abrupta, fortemente ensolarada, corta a composição e desdobra-se noutra, mais ao fundo, sob um céu azulado, tratado em novelos de nuvens pouco densas. A paisagem, estudada ao ar livre (proposta de Anunciação), encontra aqui a sua plenitude, ou seja, revela uma poética própria, pontuada de forma breve pelo campino e gado.

Obra romântica pela amplitude da paisagem, anuncia também a estética naturalista, triunfante nesse ano, na Exposição Universal de Paris de 1867, onde esta tela figurou. Através de processos não cenográficos, comprometidos no entendimento da natureza, sem suportes figurativos que a reduzam a segundo plano, Cristino confere à paisagem uma dramaticidade própria.

Um jogo de contrastes acentua-lhe estas características e desenvolve-se em todo o espaço compositivo: o colorido intenso, em laranjas chapeados de luz, utilizados mais tarde por Malhoa; a oposição entre a densidade da falésia e a leveza do céu azulado, em apontamentos dourados; a aridez e frescura do solo que, através da desertificação da encosta, onde surgem piteiras e troncos retorcidos de velhas árvores, contrasta com o tapeteamento verde dos prados.

Expressão de uma excessiva exuberância cromática e violência de tonalidades, segundo a crítica da época, a tela revela o temperamento intolerante e explosivo que caracterizava Cristino.

A Passagem do gado aglutina em si dois propósitos: esforça-se por atingir tangencialmente o romantismo, e solta-se de prévia intencionalidade captando a Natureza naturante, como gigantesca matriz de sentidos plenos que o artista angustiadamente perscruta.

Maria Aires Silveira

SOURCE: <a href="http://www.museuartecontemporanea.gov.pt/pt/pecas/ver/34/artist" rel="noreferrer nofollow">www.museuartecontemporanea.gov.pt/pt/pecas/ver/34/artist</a>

BIOGRAPHY

Nascido em Alfama, Lisboa, numa família burguesa ligada ao comércio, Cristino frequenta a Academia das Belas-Artes de Lisboa, de 1841 a 45, onde revela a sua aptidão para as artes, mas também o seu temperamento nervoso e uma personalidade irreverente que recusa o ensino académico.

Designado elemento de júri para a aprovação de obras a integrar na Exposição Universal de Paris, em 1855, apresenta a pintura Cinco artistas em Sintra, o mais significativo quadro da geração romântica, que faz a síntese das linhas exploradas pelo grupo através da pintura de paisagem, retrato e costumes, no primeiro retrato colectivo de artistas portugueses. 

Na romântica Sintra, entre efeitos de luz, são cenograficamente tratados os pormenores próximos e as brumas do longínquo Palácio da Pena. A novidade apresentada, captação da paisagem “no natural”, torna-se a característica fundamental do grupo, e constitui a afirmação de um entendimento contrário à pintura de atelier e ao ensino académico. Os seus locais preferidos, Sintra e Coimbra, Buçaco, Ribatejo, Nazaré e Leiria, revelam os seus sentimentos românticos, em paisagens luminosas, cenas nocturnas, poentes, ou através de contrastantes zonas sombreadas e ensolaradas, mas também transmitem angústia e nostalgia nos mares encrespados e nas tempestades ameaçadoras.

Cristino estabelece um ideário romântico português que, embora tardio, se aproxima das linhas do romantismo internacional, especialmente da estética alemã de Caspar Friedrich, e anuncia o naturalismo. A partir de 1860, Cristino lecciona na Academia, e participa nas exposições da Sociedade Promotora das Belas-Artes (1862 – 76).

Maria Aires Silveira

SOURCE: <a href="http://www.museuartecontemporanea.gov.pt/pt/artistas/ver/17/artists" rel="noreferrer nofollow">www.museuartecontemporanea.gov.pt/pt/artistas/ver/17/artists</a>
Date
Source Livestock crossing (1867) - João Cristino da Silva (1829-1877)
Author Pedro Ribeiro Simões from Lisboa, Portugal
Camera location38° 42′ 31.94″ N, 9° 08′ 28.6″ W Kartographer map based on OpenStreetMap.View this and other nearby images on: OpenStreetMapinfo

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31 October 2019

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