A origem da BT, remonta a 1970, quando o governo de então entendeu extinguir a Polícia de Viação e Trânsito (P.V.T.) e transferir as competências desta, no âmbito da fiscalização das disposições legais e regulamentares sobre viação terrestre e transportes rodoviários, para a Guarda Nacional Republicana. Para o desempenho desta função, e nos termos do Decreto-Lei n°. 265/70, de 12 de Junho, foi criada a Brigada de Trânsito, a qual iniciou a sua actividade em 1 de Julho do mesmo ano. Os primeiros passos da organização da BT foram árduos, complexos e exigentes. Mercê de um trabalho empenhado, competente e generoso dos seus Oficiais, Sargentos e Praças, montaram-se os alicerces de uma organização em que praticamente tudo era novidade, mas que permitiram fazer crescer de forma sólida, aquela que se tornaria numa das Unidades que maior prestígio foi granjeando para Guarda e para o País. O esforço de todos, o saber adquirido e a disponibilidade permanente, foram evidenciando elevados níveis de eficácia e eficiência, que cedo impuseram a Brigada de Trânsito pela qualidade dos serviços prestados à Segurança Rodoviária, os quais foram sendo reconhecidos das mais variadas formas, nomeadamente através de referências elogiosas provenientes de inúmeras entidades nacionais e estrangeiras. Autoridade respeitada e reconhecida nas estradas do País, de certa forma vista como uma força elitista. Em 38 anos de existência, era a unidade da GNR onde mais militares que tombaram no cumprimento do dever, foram mais de 30 militares da BT que caíram e não se levantaram com a farda da BT vestida. Não nos esquecemos deles e aqui também lhes prestamos a devida memória. Trinta e oito anos e seis meses depois de ter sido criada, devido a muito ciume, inveja e um grande erro politico,terminou no dia 31 de Dezembro de 2008 a sua existência, como Unidade autónoma da GNR, a Brigada de Trânsito, com ela acabou a carreira de muitos militares que a incorporavam.